Na minha jornada de 4 anos e meio como administrativa de contabilidade vim a conhecer uma parte da população ainda dita jovem, que se pode considerar analfabeta ou no mínimo com preguiça mental.
Não posso definir uma maioria entre os sexos, mas a quantidade de asneiras que ouvi ao longo destes anos foi tanta que felizmente fixei algumas que passo a relatar:
1º Um iogurte não é um iogurte , mas sim um iogordinho .
2º Escuras? O que é isso? Não não, tu estás é àdescuras .
3º quando pensas que estás desiludido enganas-te, estás mas é iludido.
4º pas de quoi " a ser usado em vez de parlapié ".
Para mal dos meus pecados, também ouvi provérbios com o que se pode chamar de colagens e mais uma vez o uso de material electrónico sem a leitura do belo Manual de Instruções.
Não sei até que ponto se pode admitir que pessoas nos seus 30 e poucos ou muitos anos, não saibam falar ou mesmo escrever e nem têm a noção das cartas mal escritas que me passaram pelas mãos. Até mesmo uma jovem de 34 anos que nem remeter uma carta ela sabia ou um senhor que não sabia a diferença entre remetente e destinatário.
Mais frustrante ainda foi ver que mulheres, divorciadas e mães de família não sabem absolutamente nada sobre ciclos menstruais , contraceptivos e ainda ... não saibam o que é um shot , um charro e que nas discotecas ninguém dança agarrado.
Acho que a diferença de idade não é assim tanta, visto que eu tenho 25 e estas pessoas nasceram no pós 25 de Abril. Pior, pessoas que tiveram instrução.
O pior mesmo é ver mentes paradas e estragadas, pessoas que deviam determinar um futuro a minha frente e que nada fazem, parecendo mesmo ainda estarem na época medieval em que se acreditava em tudo o que era dito nem que fosse pelo vizinho do lado. Pessoas que pela superstição não dão rumo às próprias vidas e ainda são manipuladas facilmente, por ditos amigos ou por videntes.
Vi ai há dias uma mãe de dois filhos, gastar o pouco dinheiro que tinha para a alimentação numa vidente. Vi também uma jovem mãe de 23 anos ser apanhada pela policia, conduzindo sem carta, uma mota sem seguro e ainda reclamar da pouca sorte que tinha. Mas qual sorte? Então e o cérebro serve para quê?
Já agora perguntam vocês onde estava eu metida?Realmente não sei mas tenho orgulho em não me deixar influenciar por estes seres catastróficos , pois tento aprender ao máximo e saber se aquilo que me foi ensinado é realmente o correcto e que em certos casos não o era.
Acho que já agora deveria ser lançada uma campanha intitulada de "Lê o papelinho", em que devia promover a leitura, não só de livros mas também de folhetos, publicidades e aquilo que eu mais gosto de salientar, o belo do manual de instruções.
Enfim, eu até era capaz de me lembrar de mais mas por esta altura já tenho é muito sono e o cérebro recusa-se a funcionar.
Como vossa amiga digo-vos, toca a ler o papelinho, qualquer um não importa, nem que seja o rotulo da garrafa de água .Para que pensam que que aquilo foi posto lá? para decorar?